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sábado, 10 de abril de 2010

Travessia cumprida

Para muitos, programa de índios.
Para nós montanhistas,
será sempre um prazer sair do conturbado espaço urbano.
Por momentos, trocar
os pneus dos carros, pela sola dos nossos próprios calçados,
o concreto e o asfalto, pelo cascalho e a terra batida,
as águas cloradas, pelas fontes de águas naturais,
o ar quente e contaminado, pela suave brisa da serra,
os postes e fios, pela copa das árvores frondosas,
o som dos motores e das buzinas, pelo canto selvagem do carcará,
o céu ofuscado das cidades,
pelo céu coberto de estrelas, que mais parecem diamantes.
É por isto e muito mais que
andamos, andamos e caminhamos.


(Valeu Claudinho, Cabral, Marco Heleno, Rogério e Ricardinho)

Em Tabuleiro

Com seis horas de atraso, chegamos em Tabuleiro e fomos direto para um boteco, comer e bebemorar a travessia..

Trinlhando o caminho de volta

Estamos indo de volta pra casa

O retorno


Depois da cachoeira grande, era hora de voltar, esta foto oficializa o começo da descida até a vila de Tabuleiro foram três horas de descida exaustiva. 

O ir das águas


O Tudo nasce, cresce, floresce e amplia-se sob as benção das águas

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Águas

O movimento das águas me faz lembrar a temporalidade da passagem, demarcando épocas e ciclos, erguendo civilizações e renovando a vida.

Às água do Ribeirão do Meio

O sol espelhava se nas águas, banhando de luz o rio, isto encantava por sua magia.Uma espécie de viajem aos múltiplos sentido da substância vida, com suas correntes, cor, fontes, desenhos e sons.

Flâmula de Minas

Minha homenagem ao estado que se caracteriza com o interior do Brasil, ao meu estado, à minha Minas Gerais

O ir dos rios

O ir da águas que passam...
que ficam...
que chovem...
que secam...
que só vêm.
Arrastam consigo o que ficou pelo chão.
Para onde vão?
Desafiam a regra e correm em fio...
desreguladas por um ciclo...
alteradas no cio...
com sede, cedem aos rios...
ao ir dos rios.

Fernanda Figueira

O grande poço

Abaixo o grande poço da cachoeira com 60mts de profundidade

Um momento único

Momento singular da travessia. Dando um espiada lá em baixo

A queda

Difícil é descrever o que os olhos vêem, medo, adrenalina, frio na barriga, vitória ... e também ...a sensação de que a gravidade quisesse te levar junto, uma força estranha te puxando para o abismo. Ali é um lugar sagrado, mágico e de respeito. O criador foi generoso em permitir a existência de um lugar tão belo. Eu me sentia pequeno demais ao lado uma energia tão poderosa e austera.  

Quase lá

A foz do Ribeirão do Meio, antes da queda livre de 273 mts.

Último banho de rio

Só quem se aventura a tomar um banho de rio a 273 mts de altura antes da queda d'água, saberá descrever esta sensação (na foto: Rogério)

Canion da Cachoeira Alta

Para chegar na queda da cachoeira alta, é necessário caminhar dentro do canion. Pura adrenalina.

Na terceira cachoeira mais alta do Brasil

Com o esforço em comum, chegamos ao nosso objetivo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais perto de Deus

Bem no alto da serra, mais perto de Deus. Deste ponto da para ver a Vila de Tabuleiro

Imensidão verde

Por toda a trilha a exuberante diversidade da fauna e flora. Orquídeas, bromélias e insetos exóticos. Onde o homem tem dificuldade de ir, a natureza se preserva intacta.

A decisão

Devido às péssimas condições do tempo, o grupo resolveu  não subir a cachoeira e mudar nossa trajetória. Iríamos descer direto para a Vila de Tabuleiro. Mas enquanto se desmonta acampamento, surgiu no meio da intensa neblina, um pedacinho de céu azul que despertou em todos a esperança de um tempo melhor. Não bastou muito tempo e voltamos a discutir a possibilidade de subir a cachoeira. Se tá na chuva é pra molhar. Arrumamos tudo e deixamos somente uma barraca para guardar as mochilas e lá estávamos nós, mais uma vez nas íngremes trilhas em direção ao nosso objetivo "a cachoeira alta"

Um visitante inesperado

Do nada quem estava lá ... uma perereca.

Terceiro dia _ Domingo de Páscoa

Depois de uma noite de chuva intensa e frio, o dia amanheceu assim, cerração e uma forte chuva logo nas primeiras horas do dia, estávamos decididos não subir a cachoeira alta por cima, caso as condições do tempo não melhorasse.

Rango, botas e fogo

Aí está nosso saboroso jantar e nossos calçados. Sopa de legumes e calçados ensopados. hehehehe!

E a noite cai

Enquanto o rango não sai, com os pés no chão molhado e frio, todos aguardam exaustos um saboroso prato de sopa.

O abrigo

Como estávamos numa região muito alta, era possível ver a aproximação das chuvas, então, antes dela cair nosso acampamento estava montado, o fogão cortando na alta, a comida sendo preparada e nossos calçados ao redor do fogo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Segundo pernoite

Aqui foi o nosso segundo ponto de apoio, ficamos acampados dividindo espaço com outros grupos que também faziam a travessia. A chuva era constante, usamos uma lona preta para nos abrigar, debaixo dela improvisamos novamente um fogão a lenha feito com pedras para fazer o rango. Pra variar, sopa de legumes com macarrão pra dar sustância e aquecer. As botas encharcadas faziam parte de um ritual ao lado de uma fogueira, alguns insistiam em secá-las. A idéia era dormir cedo para acordar e ir na cachoeira grande por cima, logo ao amanhecer. Dormimos ao som do grupo vizinho que cantou durante boa parte da noite. As músicas até estavam boas.

Travessia do Ribeirão do Meio

Ribeirão do Meio com águas acima do nível

Barro

Muito barro nas trilhas

Lama

Lama preta muito escorregadia por todo o trajeto 

Descanso no Alto da Serra

Momento de descanso no alto da serra

No limite

... escalaminhadas...

Superando limites

Muitas ladeiras exigiram um esforço ainda maior

Início do segundo dia

Este foi nosso ponto de apoio, debaixo de chuva, enfrentamos o segundo dia.

Segundo dia

Chegamos para nosso primeiro pernoite, debaixo de chuva, roupas e calçados molhados. Montado acampamento, foi servido uma sopa de legumes e macarrão para aquecer, saciar a fome, tudo feito em fogão a lenha improvisado com tijolos. Não demorou muito e todos estavam deitados sobre uma grande lona estendida no solo comentando sobre o primeiro dia da travessia, contando causos, mas veio a chuva e fomos dormir. A chuva não deu trégua, invadiu noite a dentro, barracas e colchonetes molhados e assim foi até a aurora. Acordamos cedo, tomamos café, acampamento desfeito, arrumação de mochilas.... aguardamos por um tempo melhor, mas nada. Chuvas e rajadas de vento nos obrigaram a seguir assim mesmo.

As paisagens

Entre o intervalo de uma chuva e outra,  a umidade e as nuances das cores, se contrastavam ainda mais com as curvas dos caminhos tortuosos e das montanhas ao longo do horizonte

Início da chuva

Após a parada no Rio Parauninha, caminhamos sob chuva constante, até o nosso ponto de apoio.

Hora do banho

Rio limpo, de águas escuras e um belo poço de profundidade razoável, propício para banhos

Segunda parada - Rio Parauninha

Chegando ao Rio Parauninha para mais uma parada, agora um bom banho e seguir para nosso primeiro ponto de apoio.

Contornando a Serra do Brêu

Depois da primeira parada, caminhamos por longo período ao lado do Pico do Brêu (1687mts) para tomar um refrescante banho nas águas cristalinas do Rio Parauninha..

Hidromassagem nos pés

Para aliviar as tensões e as dores nos pés.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Primeira parada

Depois de muito caminhar, a primeira parada. Lanche ao lado de um riacho de águas limpas. Damasco, ameixas, barra de cereais e pães. Depois da reposição das energias, caminhamos em direção ao Rio Parauninha

Os planaltos de Minas


Uma grande curiosidade dessa travessia é a variedade da flora. A cada momento encontramos as mais exóticas plantas. Sua vegetação se apresenta de três tipos: na parte baixa da serra, a vegetação de cerrado com suas árvores baixas e tortuosas; ao longo do curso dos rios, a mata de galeria com suas árvores frondosas. 

Reflexões

Cada um no seu ritmo, uns mais rápidos, outros mais lentos. O fato é que, estes são ótimos momentos para reflexões, conhecer a si mesmo, seus limites, suas capacidades e se desligar por tempo da nossa própria realidade. 

Água limpa, água boa

... a todo momento, um rio, um lago, uma fonte de água limpa para saciar a sede, refrescar ou simplesmente admirar.

Encontro com outros mochileiros

Durante a travessia, encontro com outros grupos de mochileiros. Nas montanhas uma coisa é certa, todos são solidários.

Homenagem a MInas

As flâmulas não podiam ficar de fora desta travessia. Uma singela homenagem à nossa Minas Gerais

Vencendo a Serra da Lapinha

Está foi a primeira ladeira a ser vencida, deu para se ter idéia do que iríamos encontrar mais a frente
esq/dir
Rogério, Marco Heleno e Ricardinho,
Ao fundo, represa da Lapinha